PF diz que os irmãos integram "associação criminosa".
Ciro Gomes (Foto: Adriano Machado)
A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira (15) mandados de busca contra o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes e seu irmão, o senador Cid Gomes, ambos do PDT. A operação investiga fraudes e pagamentos de R$ 11 milhões em propinas durante as obras da Arena Castelão, no Ceará, para a Copa do Mundo de 2014.
No pedido enviado à Justiça para fundamentar a operação desta quarta (15) contra um esquema de fraudes e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos em licitação para obras no estádio Castelão, a Polícia Federal menciona Ciro (foto) e Cid Gomes como integrantes de uma “associação criminosa”.
Segundo a corporação, o grupo se instalou no governo do Ceará e atuou para favorecer empresários.
Além deles, são citados Lúcio Ferreira Gomes — outro irmão da dupla — e três políticos que integrariam o núcleo de “agentes públicos” da organização.
“Os atos sistemáticos de corrupção delatados resultaram em massivos ganhos para a empreiteira [Galvão Engenharia] e, como contrapartida, possivelmente proporcionaram o enriquecimento ilícito dos agentes públicos beneficiários, num esquema que permeou as duas gestões consecutivas do ex-Governador CID FERREIRA GOMES no estado do Ceará”, afirma a PF.
Ciro Gomes diz ter "absoluta certeza" que ação da PF foi ordem do presidente Jair Bolsonaro e destaca que não tinha cargo público na época em que ocorreram as obras da Arena Castelão, disse ainda que a ação é "tardia e despropositada" tem o objetivo de criar danos à sua candidatura em 2022.
