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Horário de verão pode ser retomado, mas só após as eleições, indica governo Lula

Ministra Cármen Lúcia alerta sobre dificuldades na operacionalização das eleições com a mudança no horário.


Por Redação | 19/09/2024 • 14h28

Governo Lula adia decisão sobre horário de verão, com foco na economia de energia e nas eleições de outubro. — Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu adiar a possível implementação do horário de verão para após as eleições municipais de outubro. O pedido foi feito pela presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, que manifestou preocupação com a operacionalização do pleito em meio à mudança no horário. A informação foi confirmada pelo governo após publicação inicial do jornal O Globo.


O principal argumento da ministra é que a mudança nos horários poderia dificultar o trabalho dos mesários, especialmente em estados que não seguem o horário de Brasília (DF). Ela ressaltou que as urnas já estão programadas e lacradas em suas regiões, o que tornaria inviável reprogramá-las em tempo hábil para as eleições. Em alguns estados, mesários precisariam chegar às 3h da madrugada para iniciar os preparativos.


O presidente Lula informou à ministra, por meio de interlocutores, que somente adiantaria a implementação do horário de verão caso o Brasil enfrente uma crise energética grave, o que não é previsto no curto prazo pelos especialistas do setor. Atualmente, o país lida com uma seca severa, o que levou o Ministério das Minas e Energia a considerar a retomada do horário como forma de economizar energia.


O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a medida ajudaria a reduzir a demanda energética no final da tarde, momento em que a produção de fontes como solar e eólica é menor, mas o consumo de energia dispara devido ao retorno da população para casa e ao uso de equipamentos elétricos. Além disso, Silveira destacou o impacto positivo do horário de verão na economia do turismo e de setores como bares e restaurantes.


O horário de verão foi extinto em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, o governo avalia a sua retomada como uma das alternativas para mitigar os efeitos da crise energética, em conjunto com outras medidas, como a ampliação da operação de usinas termelétricas. Entretanto, a volta da medida somente deve ocorrer após o período eleitoral.


O Palácio do Planalto ainda não se pronunciou oficialmente sobre o tema, mas segue monitorando a situação hídrica do país e os potenciais impactos econômicos da retomada do horário de verão.

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